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PORTUGAL APOIA PRESIDÊNCIA ANGOLANA Portugal vai apoiar incondicionalmente, com a sua experiência, a presidência de Angola da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), garantiu o chefe de Estado luso, Aníbal Cavaco Silva, a propósito da VIII Cimeira da organização, a decorrer em Luanda, a 23 do corrente. Em entrevista exclusiva à Angop, em Lisboa, manifestou muita expectativa, pois, como afirmou, Angola faz parte da sua história política, recordando, a propósito, o empenho pessoal na resolução do conflito que durante décadas dilacerou o Povo angolano. Relativamente ao tema “Solidariedade na Diversidade”, proposto para o encontro magno, considerou actual, partindo do pressuposto de que o mundo procura refazer de uma crise que atingiu, de uma forma ou outra, todos os países, e, concomitantemente, os integrantes da Comunidade a ela não ficaram imunes. Salientou que a CPLP, embora jovem, é já uma afirmação, a qual, cada vez mais, países requerem Estatuto de observadores, outras organizações procuram acompanhar a sua actividade ou mesmo aderirem como membros plenos, constituindo um dos ganhos nos 14 anos de sua criação. Cavaco Silva referenciou ainda que, hoje, a CPLP não é apenas a reunião de políticos, de chefes de Estado e governos ou de ministros dos Negócios Estrangeiros, pois é detentora de estruturas próprias para aproximação dos cidadãos respectivos, como Assembleia Parlamentar, a Confederação Empresarial, os fóruns dos Autarcas, da Sociedade Civil e da Juventude, entre outras. Convidado a pronunciar-se sobre se a descontinuidade geográfica e a inserção em outras organizações regionais, constitui empecilho, já que os oito países estão localizados em quatro continentes, o interlocutor da Angop disse estar fora de questão, argumentando servir de ponte para a salvaguarda de interesses dos países membros da CPLP na respectiva região, citando o exemplo de Angola, no âmbito da SADC, ou Portugal na União Europeia. “A CPLP não choca com as outras organizações a que cada um dos países faz parte. A comunidade tem um valor estratégico para a concertação a nível das questões internacionais”, argumentou. Quanto ao desempenho do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, lamentou a exiguidade de meios que não tem proporcionado actividade cabal, mas augurou que a Cimeira de Luanda, aprove um novo Estatuto e atribua mais condições para a realização do seu objecto. Relativamente à constituição de uma televisão da CPLP, Cavaco Silva, considerou justificável a utilização plena das novas tecnologias de informação e comunicação, sugerindo a criação de uma plataforma de Internet da CPLP, onde se pudessem colher os contributos e experiências, pelo mundo, do ensino e difusão da língua portuguesa. Apoio a candidatura do Brasil a membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, considerando ser de “justiça”, pela sua dimensão territorial-demográfica e pelo seu peso económico no mundo. “Isto seria também benéfico para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, pois além do motivo de orgulho, projectaria a CPLP, como países membro da organização que tem como património comum a língua”, rematou. Passados 14 anos desde a sua criação, a CPLP prima pela solidariedade, cooperação, diálogo e concertação entre os países membros, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. A Guiné-Equatorial, até aqui membro observador, solicitou a sua adesão efectiva e as Ilhas Maurícias, Senegal e a Swazilândia, o estatuto de observador. ANGOP